Reciclar é preciso


Somos todos responsáveis pelo Planeta
   
                         








 

      "Um dos maiores problemas da atualidade é o lixo decorrente do desenvolvimento acelerado de nossas cidades. No Brasil aproximadamente 90.000 toneladas de lixo são produzidos diariamente (Associação Brasileira de Engenharia Sanitária), 59% das cidades brasileiras não possuem um destino final para os resíduos. Segundo o IBGE , a destinação do lixo tem sido o depósito a céu aberto em 76% dos casos, sendo que 13% apresentam risco de degradação ambiental. Esse risco aumenta ainda mais quando temos um depósito de lixo a céu aberto, em manguezais ou próximos a rios, lagos ou de locais onde passam os lençóis freáticos.
O lixo é o grande responsável pela poluição visual, proliferação de vetores de doenças, mal cheiro e desperdício de matéria prima e energia. No entanto todo este desperdício ocorre em função de uma falta de consciência de que muito do que é jogado fora poderia ser reutilizado, reaproveitado ou reciclado. Por outro lado o lixo pode e deve ser considerado uma fonte de energia e recursos.
O desperdício de alimentos é bastante preocupante, sendo que o lixo doméstico é o que mais contribui para o aumento dos rejeitos. O aumento do volume de lixo causa vários problemas que vão desde o tratamento inadequado para os rejeitos, riscos para saúde e para o meio ambiente. Somam-se a esses problemas o prejuízo incalculável para os milhões de brasileiros que passam fome e o fato de grande parte dos alimentos produzidos ir parar no lixo (cerca de 30% da produção mundial de alimentos). Esta perda de alimentos se dá em função de falhas na colheita, transporte, armazenamento, comercialização e até mesmo no consumo
As melhores técnicas de tratamento do lixo até o momento são as usinas de compostagem, os aterros sanitários e a reciclagem. A compostagem utiliza a fermentação da matéria orgânica, produzindo adubo e recursos energéticos (gás metano).
A reciclagem é uma maneira bastante eficaz de se combater o problema do desperdício energético. A reciclagem atua de modo a reduzir a quantidade de lixo, o que representa uma enorme economia em recursos naturais e energéticos, além de não sobrecarregar o meio ambiente em sua capacidade de absorção. "
                                                                                       Cristina Rodrigues Teixeira
 
 
 
  
 
Importância e vantagens da reciclagem 
 
     A partir da década de 1980, a produção de embalagens e produtos descartáveis  aumentou significativamente, assim como a produção de lixo, principalmente nos países desenvolvidos. Muitos governos e ONGS estão cobrando de empresas posturas responsáveis: o crescimento econômico deve estar aliado à preservação do meio ambiente. Atividades como campanhas de coleta seletiva de lixo e reciclagem de alumínio e papel, já são comuns em várias partes do mundo.
     No processo de reciclagem, que além de preservar o meio ambiente também gera riquezas, os materiais mais reciclados são o vidro, o alumínio, o papel e o plástico. Esta reciclagem contribui para a diminuição significativa da poluição do solo, da água e do ar. Muitas indústrias estão reciclando materiais como uma forma de reduzir os custos de produção.
     Um outro benefício da reciclagem é a quantidade de empregos que ela tem gerado nas grandes cidades. Muitos desempregados estão buscando trabalho neste setor e conseguindo renda para manterem suas famílias. Cooperativas de catadores de papel e alumínio já são uma boa realidade nos centros urbanos do Brasil.
     Muitos materiais como, por exemplo, o alumínio pode ser reciclado com um nível de reaproveitamento de quase 100%. Derretido, ele retorna para as linhas de produção das indústrias de embalagens, reduzindo os custos para as empresas.
     Muitas campanhas educativas têm despertado a atenção para o problema do lixo nas grandes cidades. Cada vez mais, os centros urbanos, com grande crescimento populacional, tem encontrado dificuldades em conseguir locais para instalarem depósitos de lixo. Portanto, a reciclagem apresenta-se como uma solução viável economicamente, além de ser ambientalmente correta. Nas escolas, muitos alunos são orientados pelos professores a separarem o lixo em suas residências. Outro dado interessante é que já é comum nos grandes condomínios a reciclagem do lixo.
 
 
 
 
 
  
 
                         
Coleta Seletiva
                                                           
      Os resíduos sólidos resultantes de atividades de origem urbana, industrial, de serviços de saúde, rural, especial ou diferenciada são potencialmente matéria prima e/ou insumos para produção de novos produtos ou fonte de energia.
      Ao segregarmos os resíduos urbanos, estamos promovendo os primeiros passos para sua destinação adequada. Permitimos assim, várias frentes de oportunidades como: a reutilização; a reciclagem; o melhor valor agregado ao material a ser reciclado; a melhores condições de trabalho dos catadores ou classificadores dos materiais recicláveis; a compostagem; menor demanda da natureza; o aumento do tempo de vida dos aterros sanitários e menor impacto ambiental quando da disposição final dos rejeitos.
      Coleta Seletiva é a coleta dos resíduos orgânicos e inorgânicos ou secos e úmidos ou recicláveis e não recicláveis, que foram previamente separados na fonte geradora. Materiais não recicláveis são aqueles compostos por matéria orgânica e/ou que não possuam, atualmente, condições favoráveis para serem reciclados.
     Trata-se de um tipo de tratamento dado ao resíduo, que começa na fonte geradora com a segregação ou separação dos materiais em orgânicos e inorgânicos; e em seguida com a sua disposição para a sua destinação, que poderá ser disposta na porta de sua residência, estabelecimento comercial ou indústria, para posterior coleta porta-a-porta realizada pelo poder público ou por catadores, ou por entrega voluntária a pontos de entrega voluntária ou a cooperativas de catadores.     Posteriormente esse material será separado ou triado nas centrais de triagem, em papel (papelão, jornal, papel branco e outros), plástico (pet, pvc, pp e outros), metal (alumínio, flandre, cobre e outros), embalagens compostas, os quais serão organizados e enfardados, e vendidos para serem reciclados, tornando-se um outro produto ou insumo, na cadeia produtiva.
     A coleta seletiva é também uma maneira de sensibilizar as pessoas para questão do tratamento dispensado aos resíduos sólidos produzidos no dia-a-dia, quer seja nos ambientes públicos quanto nos privados.
 
- O que é Coleta Seletiva Multi-Seletiva?
 
     Compreende-se como a coleta efetuada por diferentes tipologias dos resíduos sólidos, normalmente aplicada nos casos em que os resultados de programas de coleta seletiva implementados tenham sido satisfatórios.
     Neste sentido, existe a Resolução CONAMA nº275 de 25 de abril de 2001, que estabelece o código de cores para os diferentes tipos de resíduos, a ser adotado na identificação de coletores e transportadores, bem como nas campanhas informativas para a coleta seletiva, conforme segue:
- Azul: papel/ papelão
- Laranja: resíduos perigosos;
- Vermelho: plástico;
- Branco: resíduos ambulatoriais e de serviços de saúde;
- Verde: vidro;
- Roxo: resíduos radioativos;
- Amarelo: metal;
- Marrom: resíduos orgânicos;
- Preto: madeira;
- Cinza: resíduos gerais não recicláveis.
 

     Confira a tabela com o tempo de decomposição de alguns matérias, também através do site http://www.lixo.com.br/content/view/146/252/